segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Exercícios


Sábado de descansar a cabeça e o corpo, Adriana não fez absolutamente nada além do básico dormir, comer e ler. O calor impossibilitou todo o resto. Domingo ela pretende combater a prostração.

Na TV, tá rolando o primeiro Grand Slam da temporada, o Aberto da Austrália. Ela gosta de tênis desde antes do fenômeno Guga, lembra dos jogos do Bjorn Borg, dele erguendo taças em Wimbledon, e, principalmente, daquela bandana branca na cabeça. Ele deve ter sido um dos primeiros símbolos sexuais da vida de Adriana, que achava o sueco parecido com o irmão, sua grande referência masculina na infância.

Adriana também jogava tênis com o filho e o ex-marido, este também um aficionado pelo esporte, desde que os jogos sejam femininos e, de preferência, com a Sharapova. Ela nunca conseguiu ganhar de nenhum dos dois, mas aquele saiote sempre garantia novos jogos mais tarde.

Além do exibicionismo do bem de suas pernas, o tênis lhe rendeu uma lesão no ombro, um pouco de cultura inútil, acrescentou mais uns dois ou três nomes à sua lista de desejos platônicos e desafiou sua falta método. O foco é tudo, dizem ganhadores, perdedores, espectadores e aqueles que não se enquadram em nenhuma destas categorias. Tá na hora de exercitar.

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