terça-feira, 5 de julho de 2011
Catarse
Ela aproveita que está sozinha em casa, meio alterada, abre o computador e pensa na semana, difícil como sempre, mas mais fácil perto do que poderia ter sido. Ela acaba de voltar de um encontro com amigos para sempre e, talvez por isto, se sente feliz e melancólica ao mesmo tempo. Com medo e com coragem.
Tudo o que Lorena queria agora é um cigarro; acende e fuma com prazer. Na noite passada, ela esteve perto de uma viagem astral ou crise de pânico, depende do ponto de vista. Mas era como se Lorena estivesse se enxergando de fora, como se fosse outra pessoa, como se estivesse provocando a sede até não aguentar mais. Ela agüentou, mas em algum momento duvidou se seria capaz. E chegou a pensar no que aconteceria se ela, mesmo de fora, não conseguisse controlar a si mesma.
Ela acordou exausta, sentindo no corpo o esforço psíquico da catarse. Curiosa, bota catarse no Google e fica sabendo que, para Aristóteles, esta descarga emocional “refere-se à purificação das almas, provocada por um drama”. Lorena fica impressionada por este conceito ser de 300 AC. Logo ela, que não acredita que este tempo existiu.
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2 comentários:
Lulu... sem besteira, talvez eu seja uma fa incontornavel sua! E, fique sabendo que te acompanho, te vejo e te leio. Tenho um continho bem ELASSAOLOUCAS. Quer publicar?
Claro, seria uma honra!
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