terça-feira, 6 de setembro de 2011
Insetos
Oito horas da manhã de sábado e Frances já tomou uma xícara gigante de café, deu uns pegas e gostaria de fumar seu primeiro cigarro. O dia promete.
Na televisão, um programa sobre a vida dos insetos, o tipo do assunto que Frances não tem o menor interesse, pelo menos do ponto de vista biológico. Mas ela tem interesse sobre os motivos que levam as pessoas a usarem seu valioso tempo estudando ... (?) insetos e também pela simbiose pessoas ... (?) insetos. E Frances não está falando de joaninhas.
Frances muda de canal e o assunto do documentário é bem mais instigante: a dignidade diante da morte. Seja lá o que isto significa, deve ser diferente da morte de insetos, que não significa nada. Para Frances, pelo menos, nem a vida deles significa alguma coisa.
Frances sucumbe ao cigarro e, como de costume, apenas três tragadas bastam. Ela apaga o cigarro praticamente intocado e lembra como as pessoas esmagam os insetos. É nojento, mas ela fica satisfeita cada vez que elimina um deles. Às vezes eles escapam, mas estes também vão ser esmigalhados logo ali na frente.
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