sábado, 13 de setembro de 2008

Fora da casa

Não sei direito que horas são. Só sei que é tarde e eu tô podre. Acabo de chegar de uma festa, do aniversário de uma amiga minha. Lá, ouvi uma história que daria um bom curta. E, mesmo cansada, não resisti e abri o computador para registrá-la.

Uma amiga tomou duas, talvez três, cervejinhas em lata e ficou um pouco mais do que alegrinha. Quando chegou em casa, não encontrou chave. Botou a bolsa abaixo e nada. Mas o acaso deu uma força e um amigo que ela tinha saído umas vezes ligou quando ela tava sentada na frente da porta, com tudo que tinha dentro da bolsa no chão, pensando em ir para um hotel. O convite pra ir pra casa do cara não podia ser mais apropriado. Ela pegou o carro e foi.

Cinco minutos depois que ela chegou na casa do amigo eles já tinham transado e o celular do cara não tinha parado de tocar. O convencional também. Meio zonza, ela disse para ele atender. Ela já tava meio sonada quando o amigo disse que era uma amiga dele que tinha deixado a chave da casa dela com ele porque iria viajar. Só que a guria não tinha ido viajar e queria a chave pra poder entrar em casa. Quase dormindo, minha amiga perguntou se poderia dormir ali. A resposta - sim - ela nem ouviu; já tava ferrada no sono.

Quando ela acordou, viu que estava sozinha na casa. Pegou o celular para ver as horas e viu que tinha uma mensagem do cara dizendo que ia ficar na casa da outra amiga e que, quando ela fosse embora, só encostasse a porta.

Ela pensou na coincidência que fez este cara encontrar duas mulheres sem chave na mesma noite e começou a se arrumar para ir embora. Era bem cedo, nem 7 da manhã, e ela pensou que a porta do edifício deveria estar trancada. Desceu, conferiu e, realmente, a porta da frente tava chaveada. Ela não teve outra alternativa. Pegou a chave que estava na porta do ap e foi embora. Antes, deixou um bilhete para o amigo contando que tava com a chave dele e pedindo que ele ligasse para que ela pudesse devolver a chave. Que confusão.

Às duas da tarde o cara ligou. Ainda não tinha chegado em casa e queria saber se minha amiga estava bem e se ainda estava lá. Ela falou que teve que levar a chave dele e que queria devolver. Ele disse que tudo bem, que tinha uma cópia, que qualquer dia ela faz a devolução.

Todo mundo fora da (de) casa.

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