Quando era adolescente, Karem gostava dos guris impossíveis, aqueles confirmados. Ela lembra de ter namorado dois deles. Ela mal acreditava que - sem mexer uma palha, se a gente considerar toda a obrigação de seduzir que os tempos modernos impõem -tinha conquistado seus objetos de desejo.
Adulta, Karem continuou com esta mania, mas abriu exceções. Afinal, os normais também têm seu charme. Já perto dos 50, ela aprimorou sua preferência e passou a se interessar pelos absolutamente impossíveis, não pelos mesmos motivos dos guris da adolescência. Os impossíveis de agora estão muito mais pra sapos do que pra príncipes. Sapos metidos a principes, mas sapos.
Karem está tentando assimilar que os absolutamente impossíveis são um caso perdido, eles não vão mudar nestas alturas da vida. Pelo contrário, eles se orgulham do que são: se eles broxam é porque não são apenas um pau; se furam algum encontro é porque são humanos, se não têm dinheiro é porque não se venderam ao sistema; se dão em cima até nas amigas da filha é porque estão com a testosterona em alta; se estão se comportando igual a um menininho de dois anos (vá lá, cinco) é porque são sensíveis.
Karen achava que uma das inúmeras desvantagens de estar chegando aos 50 é que até os absolutamente impossíveis estavam perdendo a graça. Mas aí surgiu um feito sob medida pera ela. Seu mais impefeito par perfeito.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
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Um comentário:
como diz o erasmo...
espero q. seja eu.
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